A Assembleia Legislativa de Goiás aprovou, nesta quarta-feira (16), o projeto de lei que concede reajuste aos professores da rede estadual. Pelo texto, professores efetivos em início de carreira, com carga horária de 40 horas semanais, passam a receber R$ 3.845,63.
O valor corresponde ao novo piso salarial determinado pelo governo federal no início de fevereiro. O projeto também aumenta para R$ 3.943,37 o salário dos professores efetivos nível “III”, referência “A”, e para R$ 4.446,16 o dos docentes nível “IV”, referência “A”, além de reajustes a professores contratados.
A votação do projeto, que passou por unanimidade devido a obstrução de quorum da oposição, ocorreu sob protestos de servidores da educação estadual, que defendem que o aumento de 33,2% definido pelo governo federal seja aplicado de maneira linear para todos os servidores da categoria.
Os protestos dos servidores, que acompanharam a votação da galeria da Assembleia, foram repercutidos por praticamente todos os deputados da oposição. “Pagar o piso não é favor, mas obrigação”, disse, por exemplo, Antônio Gomide (PT). “Deveríamos estar votando 33,2%”, afirmou a também petista Adriana Accorsi.
O presidente da sessão, deputado Henrique Arantes (MDB), chegou a suspender a votação e ordenou o esvaziamento das galerias devido às manifestações, depois que Amauri Ribeiro (Patriota) bateu boca com os professores da tribuna. Contudo, houve acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, e a sessão foi retomada.
Líder do governo, coube a Bruno Peixoto (MDB) a defesa do reajuste proposto. “O governo investe na educação. Não há nenhum professor que ganhe menos do que o piso nacional. Investimos na reforma de todos os colégios e também nos alunos. Antes, a educação era esquecida; hoje, valorizada. Estamos votando o possível e sabemos que não é o ideal. Precisamos ter responsabilidade.”