O Delegado Ricardo Mendes da Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) informou que Renata Juliene Belchior e Gabriela Belchior, sogra e cunhada da cabeleireira Elizamar Silva, passaram pelo menos uma semana em cativeiro. Mendes afirmou que um dos suspeitos revelou que no dia 4 de janeiro foi convidado para praticar o crime e quando foi ao cativeiro, no dia 6, as vítimas já estavam confinadas pelo grupo de suspeitos. Elas só foram tiradas no dia 14, data de encontro dos corpos.
Um dos investigados informou também que Renata e Gabriela eram mantidas vendadas e amarradas o tempo todo.
Corpo no cativeiro
De acordo com a PC, o 7° corpo descoberto que pode estar relacionado ao caso foi encontrado após uma varredura no cativeiro, que fica em Plantina, no Distrito Federal. A descoberta foi feita com ajuda de cães farejadores.
De acordo com os policiais e Corpo de Bombeiros, o corpo estava esquartejado e era de um homem.
Relembre
Quatro corpos carbonizados foram encontrados no dia 13 de janeiro em um carro que seria de Elizamar, em Cristalina, no Entorno do DF. No dia seguinte, 14 de janeiro, outro carro foi encontrado carbonizado com dois corpos dentro, esse em Unaí, em Minas Gerais.
Foram presos, até o momento, Fabrício Silva Canhedo, Horácio Carlos Ferreira e Gideon Batista de Menezes. A Polícia Civil segue investigando e criou, inclusive, uma força-tarefa para o caso.
Os investigados revelaram para a PC-DF locais onde ocorreram as mortes e sequestros das vítimas e acusaram o pai e sogro de Elizamar de serem mandantes da situação.
Corpos em Unaí
A Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) concluiu nesta quarta-feira (18) que os corpos carbonizados encontrados em Unaí são de duas mulheres adultas, com diferença de idade. Não foram encontradas balas nos cadáveres e ainda não é possível apontar a causa da morte.
A suspeita é de que as vítimas possam ser a sogra e cunhada de Elizamar, mas os policiais afirmam que não é possível fazer essa confirmação ainda.
De acordo com os policiais, os corpos foram expostos a uma temperatura alta por um longo tempo, o que desgastou até o elemento ósseo. Por isso, o processo de identificação será mais trabalhoso.
A PC-MG informa que para chegar à causa da morte e à identificação das vítimas é preciso passar por várias etapas. Uma delas é o Raio-X, que identifica a presença de balas e parafusos ortopédicos.Para saber se a vítima é homem ou mulher, saber a idade aproximada e identificar lesões é feita uma tomografia. A última etapa é a necropsia que colhe elementos dos corpos para avaliar outros detalhes.
O resultado da perícia vai ser entregue à Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF).