Enquanto era conduzida para a delegacia após ser presa suspeita de matar por envenenamento o ex-sogro e mãe dele, a advogada Amanda Partata Mortoza negou a autoria do crime: ‘Eu não fiz isso gente’. A prisão ocorreu na noite desta quarta-feira (20), em Goiânia.
Amanda é investigada por matar Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele Luzia Tereza Alves, de 86 anos, após tomar café da manhã com eles no último domingo (17), na capital.
A Polícia Civil (PC) descartou a possibilidade do homicídio ter relação com a produção de doces de uma confeitaria da capital. Segundo o delegado Carlos Alfama, a suspeita responderá por duplo homicídio por envenenamento.
"É um caso complexo e envolve até um grau de psicopatia. Ela já tem antecedentes criminais e nós iremos ouvir ela novamente ainda hoje”, relatou o investigador.
Ao jornal, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) informou que não há nenhum processo no nome da suspeita. Segundo a PC, o inquérito policial tem mais de 150 páginas, mas os detalhes do caso somente serão repassados em coletiva de imprensa marcada para a manhã desta quinta-feira (21).
Mortes
Conforme o boletim de ocorrência registrado pela família de Leonardo Pereira, a mãe dele e a ex-nora tomaram café da manhã por volta de 10h e, às 13h, todos tiveram sintomas de vômito, dores abdominais e diarreia.
Leonardo e Luzia foram internados Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas morreram horas depois. Já Amanda teria ingerido uma quantidade menor, passou mal e retornou para Itumbiara, cidade onde mora no Sul goiano, segundo a ocorrência.
Falsa psicóloga
Amanda Partata é advogada, com atuação em Itumbiara. Está com inscrição regular, conforme o sistema de consulta de inscritos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Nas redes sociais, ela também se identifica como psicóloga e terapeuta cognitiva comportamental. No entanto, o Conselho Regional de Psicologia de Goiás informou que Amanda não tem registro profissional ativo como psicóloga cadastrado.