Atualizada às 11h24.
Wanderson Mota Protácio foi encontrado morto em uma cela do Núcleo de Custódia, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na manhã desta terça-feira (18). Segundo a assessoria de imprensa da Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), ele teria se matado durante a madrugada.
Em nota, a DGAP informou que durante a entrega do café-da-manhã os servidores do Núcleo encontraram Wanderson desacordado dentro da cela, onde estava sozinho, com um lençol no pescoço e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que atestou óbito.
A morte de Wanderson foi comunicada a Polícia Civil (PC) para investigação. Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) foi acionada para remover o corpo.
Ele é suspeito de um triplo homicídio em Corumbá de Goiás.
Crimes de Wanderson Mota
Wanderson é suspeito de matar a mulher, Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, grávida de quatro meses, a enteada, Geysa, de 2 anos, e o produtor rural Roberto Clemente de Matos, de 73, crime cometido na zona rural de Corumbá. O rapaz também teria tentado estuprar e matar a mulher de Roberto, Cristina Nascimento Silva, de 45. Ela foi atingida por um tiro no ombro, fingiu ter morrido e conseguiu ser deixada para trás por Wanderson, que fugiu com a caminhonete do casal.
O homem ainda era investigado por outros dois crimes. Um cometido em 2019, quando teria esfaqueado uma companheira no município de Goianápolis. Ele chegou a ficar preso pelo crime entre dezembro de 2019 e março de 2020, quando recebeu liberdade condicional. O outro crime teria sido cometido em São Gotardo, município de Minas Gerais, no ano de 2020. No segundo crime documentado, Wanderson teria assassinado um taxista com golpes de facas após roubá-lo na companhia de outros três colegas.
Fuga
Após o triplo homicídio na cidade de Corumbá, no domingo (28), Wanderson foi para a casa de um amigo em Alexânia, a 45 quilômetros de distância. Na cidade, Wanderson teria ido para uma praça pública, voltou para a residência onde tomou cerveja, dormiu e conseguiu vender um celular roubado de uma das vítimas por R$ 200. O rapaz que comprou o aparelho foi preso na segunda-feira em flagrante, por receptação, e continua detido.
Depois de deixar Alexânia o suspeito teria ido para Abadiânia, a quase 30 quilômetros da cidade em que encontrou com amigos. O trajeto entre os dois municípios teria sido feito de táxi.
Durante a madrugada da quarta-feira (1º), Wanderson teria trocado tiros com o proprietário de uma chácara localizada a poucos quilômetros do centro de Abadiânia. O proprietário da chácara contou que teria descarregado uma arma no suspeito, mas não soube dizer se alguns dos tiros o atingiu. O suspeito teria efetuado dois disparos e um deles atingiu a caminhonete do chacareiro. O novo avistamento aconteceu nesta sexta (3), na fazenda de Mocambinho.
Wanderson teria percorrido mais de 130 quilômetros em fuga. Na época ele teria pedido emprego em uma fazenda em Mocambinho, distrito de Gameleira, antes de se entregar. Segundo os proprietários da fazenda, o foragido teria conversado com três funcionários do local e, após perceber que havia sido reconhecido, fugiu pela mata. No último dia de fuga ele teria invadido uma residência e que a proprietária, ao reconhecê-lo, o convenceu a se entregar.