O sistema de transporte coletivo da região metropolitana não terá reajuste anual em 2021 no valor da tarifa, permanecendo em R$ 4,30 o preço da passagem.
O último aumento foi concedido em abril de 2019, quando saiu de R$ 4. A decisão de manter o preço da tarifa foi sacramentada na tarde desta segunda-feira (11) em reunião da Prefeitura de Goiânia, Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET) na qual se discutiu sobre um novo modelo para o sistema metropolitano e também uma solução emergencial para a crise financeira das concessionárias.
Além disso, o prefeito de Goiânia em exercício Rogério Cruz (Republicanos) deu 10 dias para que seus auxiliares apresentem a ele uma solução emergencial para a crise financeira. As concessionárias alegam que, desde abril e em razão da pandemia da Covid-19, possuem um déficit operacional de R$ 75 milhões até o fim do ano passado.
Cruz quer uma proposta financeira ou jurídica que mantenha o transporte funcionando. Na reunião, no entanto, não ficou claro se o Paço vai aderir ao Plano Emergencial proposto pelo Estado em junho, em que ele e as prefeituras dividem os custos operacionais durante a pandemia.
Nesta divisão, o Estado tem pago cerca de R$ 7 milhões mensais e as prefeituras ainda não aderiram, o que é alvo de processo judicial e têm um prazo até fevereiro para resolver.
O presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Murilo Ulhôa afirma que a solução será apresentada em até 10 dias. “Estamos estudando adequações ao Plano, como a adesão dos municípios menores, em que só há linha interurbana até Goiânia, sem transporte nele. A ideia é que o Estado possa assumir também esses custos. Nesta configuração, o valor a ser pago pelo governo estadual chegaria a 41% do total, o que é igual ao proposto para o Paço Municipal.
A previsão é que o município possa participar do plano, com as readequações, arcando com os valores desde abril do ano passado. A ideia é que ele possa ser continuado até meados deste ano, quando então o Paço espera já ter finalizado a proposta e começado a implantação de um novo modelo para o sistema metropolitano, criando dois serviços. Um deles é a sub-rede Goiânia e Aparecida e o outro seria a sub-rede metropolitana, com as linhas intermunicipais.
modelo
Na reunião desta segunda-feira, os secretários municipais apresentaram para a CMTC e para o SET as ideias que possuem sobre as mudanças no sistema metropolitano de transportes coletivos.
Ainda não há um projeto sequer desenhado e a intenção, a princípio, é manter a configuração de uma rede metropolitana única, mas com a criação de sub-redes. Ideia semelhante já foi pensada em 2017, quando a proposta seria criar linhas interbairros na capital e em Aparecida de Goiânia, que já chegou a receber novas linhas naquela época.
Outra ideia já consolidada é o fim da tarifa única na sub-rede Goiânia e Aparecida, com o pagamento da passagem sendo feito de acordo com a distância percorrida, mas não se sabe ainda se isso será contado pelos quilômetros rodados, por número de pontos de desembarque percorridos ou se serão implantados anéis tarifários.
Neste último caso, criam-se círculos a partir da região central e o valor da tarifa aumenta a cada região fora do centro. Com essas sub-redes também deixariam de existir a CMTC e a Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos. As prefeituras de Goiânia e Aparecida compartilhariam a responsabilidade sobre sua sub-rede e o Estado seria o responsável pela sub-rede metropolitana.