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Tinder faz acordo com Ministério Público para avisar polícia sobre golpes

Kon Karampelas/Unsplash

A empresa responsável pelo aplicativo de namoro Tinder assinou um acordo com o Ministério Público de São Paulo para comunicar polícia e Justiça sobre crimes praticados por meio da plataforma.

A companhia anunciou para 10 de julho a criação de um canal de comunicação em língua portuguesa, funcionando 24 horas por dia e sete dias por semana, para atender a autoridades policiais, promotores de Justiça e juízes, segundo nota da Promotoria divulgada nesta quinta (6).

Corporação que responde pelo Tinder, a Match Group confirmou o acordo, mas não mencionou na nota enviada à reportagem os detalhes relatados pelo Ministério Público.

Entre janeiro e o final de junho, 27 casos de crimes contra usuários do Tinder foram registrados em São Paulo.

As vítimas costumam ser homens de 30 a 50 anos atraídos para falsos encontros. Ao chegarem ao local da emboscada, são sequestrados e obrigados a transferir dinheiro para criminosos.

O acordo foi firmado após o Gaesp (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública) ter instaurado inquérito civil para avaliar o dever do aplicativo Tinder de colaborar com as autoridades policiais em relação às notícias de crimes ocorridos no espaço de encontros online.

Por meio da ferramenta, será possível solicitar informações para cumprimentos de ordens judiciais, como dados da localização de vítimas de crimes em andamento e de agentes criminosos responsáveis pela sua prática, desde que respeitados parâmetros legais.

A empresa ainda assumiu compromisso de reforçar suas mensagens aos usuários no Brasil sobre questões de segurança, segundo a Promotoria.

O Match Group afirmou, também em nota, que busca maneiras de aprimorar processos e a comunicação nas regiões onde opera.

"Nos próximos meses, estabeleceremos um novo canal de colaboração para o compartilhamento de dados com as autoridades brasileiras a fim de ajudar a simplificar e agilizar o processo de atendimento às solicitações das autoridades policiais", comunicou a plataforma.

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