O Conselho Superior Universitário da Universidade Estadual de Goiás (CsU|UEG) irá deliberar nesta quinta-feira (11), de forma virtual, se haverá ou não vestibular para o curso de medicina na instituição em 2021.
A discussão entrou em pauta depois que o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) apresentou um relatório apontando deficiências no curso, o qual é ofertado na cidade de Itumbiara, no sul de Goiás.
Segundo o reitor da UEG, Valter Campos, a equipe de Itumbiara já trabalha em um projeto para terminar a implementação do curso. “A sugestão é suspender, colocar em prática as ações; atender aos alunos e depois colocar mais alunos”.
E reiterou: “O conselho universitário é o órgão que tem poder de decidir. O conselho foi que autorizou a abertura das vagas. Agora eu vou pedir que o Cremego apresente a visão ao conselho universitário”.
De acordo com o Cremego, a graduação de medicina da UEG apresenta deficiência física, além da falta de equipamentos apropriados. Sobre isso, o reitor alegou que há uma promessa de recursos pelo estado para investirem nesses aspectos.
O relatório do Cremego também apontou uma deficiência no corpo docente, e a necessidade de aprimoramento do projeto curricular. Valter explicou à reportagem que esses dois últimos pontos já estão sendo tratados, com a chamada imediata de três médicos na reserva de concursados e um grupo que está reelaborando o projeto, respectivamente.
Vestibular 2021
O edital do vestibular de medicina da UEG chegou a ser divulgado neste mês, com data prevista para realização das provas em 11 de abril. Agora, a decisão dependerá do Conselho.
“Nós já entendemos que é razoável o que o Cremego aponta. O importante é atender aos alunos que já estão no curso e realizar as adaptações para receber novas turmas. Entendo que é razoável para que a gente tenha mais fôlego, traz um olhar que não tínhamos tido antes. Claro que a gente frustra milhares de candidatos, mas pode se dar por um bem coletivo a longo prazo”, ressaltou o reitor.
Ele salientou ainda que sua gestão já recebeu o curso em processo de implementação, mas com deficiências. “Todo curso passa por essa implementação, e no curso de medicina temos agravantes, pela necessidade de uma estrutura robusta. A abertura não levou em consideração se teríamos aporte financeiro”, finalizou.