Um dia antes do embarque das duas brasileiras que foram presas na Alemanha, outra goiana teve a etiqueta da mala trocada por bagagem com drogas ao viajar para Paris, na França.
O delegado Bruno Gama, da Polícia Federal, disse que, ao desembarcar no destino, a mulher encontrou sua bagagem na esteira e a pegou. Enquanto isso, a mala com drogas, que estava com a etiqueta em nome dela, foi levada para o local de bagagens perdidas. Quando os suspeitos foram pegar a mala com droga, eles foram presos.
“Quando chegou em Paris, a passageira goiana desceu, pegou a bagagem dela na esteira e foi embora. Uma bagagem com droga estava com a etiqueta dela, mas ela não tinha conhecimento. A organização [criminosa] foi lá para pegar a bagagem, a polícia perguntou o que tinha dentro, abriu e viu que era droga”, disse o delegado.
O embarque desta outra goiana aconteceu no dia 3 de março, um dia antes do das goianas Kátyna Baía e sua esposa Jeanne Paollini, que estão presas há mais de um mês num presídio feminino na Alemanha. No caso do casal, elas tiveram as etiquetas das bagagens trocadas por outras com drogas e, durante uma conexão em Frankfurt, foram presas.
O delegado explicou que a mulher despachou a bagagem dela no Aeroporto Santa Genovena, em Goiânia, e só a encontrou ao chegar em Paris. No entanto, no meio do caminho, durante passagem pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, a etiqueta da mala dela foi trocada por outra babagem recheada de cocaína. Da mesma forma que aconteceu com Kátyna e Jeanne.
“Essa organização criminosa conseguiu também fazer a troca da etiqueta dessa bagagem. Nós também estamos investigando essas duas pessoas presas com drogas, que foram recepcionar essa bagagem despachada aqui em Goiânia. Faz parte da organização criminosa”, disse.
O investigador contou que, como a mulher pegou a própria bagagem e saiu do aeroporto, e outras duas pessoas foram presas no momento em que tentavam pegar a mala com droga, ela não foi presa. A goiana seguiu viagem em Paris e já até retornou para Goiânia.
Segundo o delegado, o caso com essa outra goiana, um dia antes do ocorrido com Kátyna e Jeanne, corrobora para demonstrar a inocência do casal.
“Isso demonstra também, inclusive, que a Katyna e a Jeanne não estavam envolvidas. Porque, no outro caso da goiana que remeteu a bagagem para Paris, ela chegou lá e recolheu a bagagem dela e saiu, foi embora e a organização criminosa que estava lá para recepcionar a bagagem foi presa quando a recolheu", disse.
"Poderia ter ocorrido também no caso da Kátyna e da Jeanne, porque em momento algum elas tinham conhecimento daquelas bagagens diferentes das delas”, completou o delegado.