Será que para andar de bike tem idade? O assistente de marketing, Pedro Henrique Nascimento Oliveira, de 22 anos; a coordenadora operacional, Talita de Lima Borges, de 30 anos, e o servente de pedreiro, Roberto Alves Vaz, de 49 anos, são a prova de que o uso da bike é democrático e traz benefícios tanto físicos, quanto mentais, para pessoas de todas as idades. Eles decidiram trocar o carro pela bicicleta e não se arrependeram. São exemplo neste Dia Mundial Sem Carro, celebrado em 22 de outubro.
O principal motivo que os levou a adotar esse meio de transporte para ir diariamente ao trabalho é a economia de tempo e também de dinheiro, tanto para manter um carro, quanto para pagar o transporte por aplicativo. Os entrevistados contam que, em média, economizam a metade do tempo no trajeto de ida e de volta do trabalho, fazendo o percurso de bike e, assim, conseguem fugir da estatística brasileira, que, sem dúvida, representa o cenário goiano.
Segundo a Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito em parceria com o Sebrae, moradores dos grandes centros no Brasil levam de 1 a 2 horas, para ir a lugares como o trabalho, escola, faculdade ou fazer compras (32%). E 28% leva de 30 minutos a 1 hora por dia no trânsito.
Roberto Alves Vaz é servente na obra do residencial Arte Square, da GPL Incorporadora, situada no Jardim Goiás e ele reside no Parque Amazonas. Diariamente ele faz o total de 17 quilômetros de pedalada, incluindo a ida e a volta e, segundo ele, já se acostumou com o exercício diário. “Eu acho muito tranquilo e já me acostumei. Chego bem mais rápido, economizo com combustível e tenho outros benefícios, como a melhoria na saúde. O corpo da gente agradece, até a respiração fica melhor”, relata ele, que recebe todo o apoio da empresa para deixar o carro e ir de bike. Na obra, a GPL instalou bicicletário e oferece vestiário com chuveiro para facilitar a rotina de quem usa a bicicleta e prefere tomar uma ducha ao chegar no trabalho.
Já a Talita de Lima Borges, coordenadora operacional no Órion Complex, no Setor Marista, em Goiânia, fazia o trajeto no início, principalmente, via carro de aplicativo. Mas, além do alto custo, ela perdia muito tempo no trânsito. “Moro no Jardim Goiás. Não é muito longe, são cerca de 7 km até no meu trabalho, mas, principalmente no horário de pico, o trânsito é pesado e toma muito tempo, encarecendo também o transporte por aplicativo, então tomei a decisão de vir de bike e agora não gasto a metade do tempo no trajeto, às vezes até menos”, conta ela.
Sobre os benefícios, Talita conta que se surpreendeu com a prática, pois não imaginava que ia lhe proporcionar tanto bem estar. “Apesar de vir pedalando, venho vendo a paisagem, refletindo, sentindo a brisa, e isso ajuda até a ter um dia mais leve”, comenta ela, que também tem estímulo da empresa para ser ciclista. Ela lembra que o Órion construiu um bicicletário no subsolo próprio para oferecer segurança para quem opta por este meio de transporte. “Aqui as bikes ficam bem guardadas, com acesso somente a usuários cadastrados, com biometria facial, e monitoramento por câmera. E também temos vestiário próprio, com chuveiro elétrico para nos arrumar quando chegamos, o que ajuda bastante”, relata.
Pedro Henrique Nascimento Oliveira, assistente de marketing do Grupo Mauá, decidiu trocar o carro pela bike para economizar e ganhar tempo. Até pouco mais de um ano, ele morava em Trindade e vinha para o escritório do Grupo, no Jardim Goiás, de carro. O gasto era alto e o tempo de trajeto também, às vezes maior do que uma hora. Ele, então, decidiu usar o dinheiro que gastava com combustível para alugar um imóvel, em Goiânia, mais próximo ao trabalho e passou a ir de bike, economizando tempo, dinheiro e ganhando em qualidade de vida.
“Após a pandemia eu estava muito sedentário e meu médico orientou praticar uma atividade física para prevenir doenças. Então uni o útil ao agradável, me mudei de casa e troquei o meio de transporte. Hoje gasto a metade do tempo que eu gastaria de carro no trajeto do local que moro atualmente, no Parque Amazonas”, destaca. Além disso, ele também percebe benefícios físicos e mentais. “Melhorei até a disposição e trabalho mais animado”, conta ele que usa o bicicletário do prédio do escritório, que conta também com vestiário com banheiro.