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Vacinação de idosos entra na reta final

Bruno Velasco/Ascom

Até o final da primeira quinzena de abril, todos os idosos com mais de Goiás com mais de 60 anos devem ser vacinados contra o coronavírus (Sars-CoV-2). Essa é a expectativa da Secretaria de Saúde (SES-GO).

Mais de 8 mil pessoas dessa faixa etária já morreram devido à doença no Estado. Isso representa 71% dos óbitos registrados no Estado.

“Sempre tem alguns que ficam para trás. Porém, acredito que mais de 90% estarão imunizados”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim. De acordo com ela, depois dos idosos, a prioridade é terminar a vacinação de profissionais da saúde e seguir para imunização de outros grupos como, por exemplo, portadores de comorbidades, professores e portadores de deficiência grave permanente.

Em alguns municípios a vacinação de idosos já está na casa dos 63 anos, como é o caso de Rio Verde. Em Aparecida de Goiânia, pessoas com mais de 64 anos já podem se vacinar e, em Anápolis, a faixa etária começa com 65 anos. Na capital, estão sendo imunizadas pessoas com mais de 66 anos.

Flúvia esclarece que, conforme os municípios forem terminando a vacinação de idosos, eles precisam fazer a busca ativa das pessoas desta faixa etária para ter a certeza de que a maior quantidade possível foi imunizada e também reforçar a aplicação da segunda dose do imunizante.

“Depois disso, eles podem retornar com a vacinação dos profissionais da saúde que ainda não receberam nenhuma dose”, explica.

A imunização de profissionais da saúde foi a primeira a ter início em Goiás, mas ela não chegou a ser finalizada. “Vacinamos uma boa quantidade, dando prioridade para os da linha de frente. Entretanto, ficaram pessoas sem vacinar. Um exemplo são os fiscais de vigilância sanitária, que trabalham em hospitais e não receberam a vacina”, esclarece Flúvia.

A estratégia de vacinar uma parcela dos profissionais e depois outra segue as determinações dos planos nacional e estadual de imunização, que dão prioridade para idosos e profissionais da saúde na vacinação contra a Covid-19. Existe a expectativa de que nesta semana o Estado receba a maior quantidade de doses em uma remessa desde que a vacinação teve início. Até então, a maior quantidade de doses enviadas pelo Ministério da Saúde de uma só vez foi de 183 mil doses.

Novos grupos

Na última semana, o governo estadual determinou que 5% das doses das remessas que chegam em Goiás sejam destinadas para à vacinação de trabalhadores das forças de segurança e salvamento. O grupo é composto por cerca de 23 mil pessoas da ativa.

Na última remessa, que chegou em Goiânia na sexta-feira (26) com cerca de 120 mil doses, quase 6 mil foram destinadas para a imunização do grupo. No Estado, de acordo com informações do Painel Covid-19 no final da tarde de ontem (30), da SES-GO, 1.042 pessoas do grupo haviam sido vacinadas.

A decisão do Estado contraria o Plano Nacional de Imunização (PNI), que coloca outros grupos prioritários na frente dos profissionais das forças de segurança como, por exemplo, os portadores de comorbidades. Flúvia explica que a possibilidade de vacinação proporcional do grupo, assim como está sendo feito com os profissionais da Segurança Pública, está sendo avaliada.

O grupo inclui portadores de diversas doenças como, por exemplo, pessoas imunodeprimidas e com problemas cardiovasculares graves. “Temos que fazer uma análise de qual a melhor estratégia. Dependendo da quantidade de doses que recebermos é possível fazer de maneira paralela a imunização deles e dos profissionais da educação”, explica Flúvia.

Sobre a vacinação de professores, na última semana o governador Ronaldo Caiado (DEM) comunicou que a imunização da classe poderia ocorrer quando as aulas presenciais retornassem.

Entretanto, Flúvia aponta que a questão tem que ser estudada com cuidado, uma vez que o grupo é muito numeroso. Somente na folha de pagamento da Secretaria de Estado de Educação de Goiás (Seduc), são cerca de 40 mil profissionais ativos, praticamente o dobro efetivo da Segurança Pública, que está sendo imunizado agora.

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