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Varíola dos macacos: veja sintomas, formas de transmissão e como se proteger

CDC / Brian W.J.Mahy
Bolhas na pele são um sinal importante da varíola do macacos

Febre, dor de cabeça, cansaço e dores musculares podem ser alguns dos primeiros sintomas da varíola dos macacos. Dessa forma, há possibilidade de confundir a doença com uma gripe ou um resfriado, por exemplo. Por esse motivo, é preciso estar atento se houve contato com um possível caso suspeito e ainda com a evolução da doença que inclui linfonodos inchados, calafrios e as características irritações na pele.

Em todo o mundo, mais de 4,2 mil casos foram confirmados em 48 países até o dia 27 de junho. Destes, 20 casos são no Brasil. Em Goiás, há três casos sendo monitorados, todos na capital. A primeira suspeita é de uma mulher de 43 anos, que está em boas condições de saúde e que passou pelo exame cujo resultado deve sair ainda nesta semana. Outros dois familiares que moram na mesma casa passam por monitoramento da pasta.

Como a doença pode ser transmitida?

A transmissão da varíola pode acontecer entre os seres humanos quando há contato com uma pessoa ou animal contaminado, e também por meio de materiais infectados. Entre as pessoas, por meio das lesões da pele (até que a casca dos ferimentos caia), por gotículas respiratórias e fluidos corporais (como sangue, pus, sêmen). Os materiais contaminados podem incluir, por exemplo, roupas de cama.

O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como são as lesões na pele?

As erupções na pele passam por diferentes tipos de estágios e podem, inicialmente, se parecer com varicela, ou sífilis, antes de formar uma crosta. No início, podem ser manchas vermelhas e sem volume. Depois, ganham volume e formam bolhas. Por fim, criam cascas.

As áreas vermelhas são chamadas de máculas. Quando ganham volume, são chamadas de pápulas. Depois que as bolhas surgem podem ter um fluido esbranquiçado parecido com pus e é depois dessa fase, que se forma a crosta.

Como se proteger?

De forma geral, a população pode se prevenir usando máscara e higienizando as mãos, assim como ocorre no caso da Covid-19. Em casos suspeitos da doença é preciso isolamento imediato do indivíduo, seguido da coleta de amostras clínicas. Se confirmada a doença, o isolamento só pode terminar após o desaparecimento completo das lesões.

Ainda existe vacina?

A vacinação contra a varíola humana terminou em 1980, quando a doença foi considerada erradicada no mundo e por esse motivo não estão mais disponíveis no mercado. Segundo a OMS, foi demonstrado que a vacinação contra a varíola ajuda a prevenir ou atenuar a doença pela varíola do macaco, com uma eficácia de 85%. “As pessoas vacinadas contra a varíola humana no passado, demonstraram ter alguma proteção contra a varíola do macaco”.

Existe uma vacina que foi desenvolvida especificamente para a varíola do macaco (MVA-BN), também conhecida como Imvamune, Imvanex ou Jynneos. Aprovada em 2019, ainda não está amplamente disponível. A OMS afirma, entretanto, que está em contato com o fabricante para melhorar o acesso a esta vacina. Não existe, entretanto, recomendação atual para vacinação universal.

Há tratamento?

O tratamento indicado pelos órgãos nacionais e internacionais de saúde são baseados em suporte para aliviar sintomas, tratar complicações e prevenir sequelas.

Quem corre maior risco?

De forma geral, os casos mais graves da doença envolvem pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

 

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