Um cão com seis anos de serviço na Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsável pela apreensão de mais de 10 toneladas de drogas e mais de 50 prisões ganhou um novo dono nesta quinta-feira (30). Jambo, como é chamado o animal, estava aposentado há cerca de duas semanas, e ganhou um dono escolhido por meio de processo seletivo feito pela PRF com mais de 200 interessados.
De acordo com a PRF, é costume que os cães fiquem com seus parceiros policiais, mas o que ficaria com Jambo não tinha condições de adotá-lo, por morar em um apartamento.
Os policiais avaliaram no processo seletivo se o novo tutor gostava de animais, o espaço que seria oferecido para o Jambo e se esse local era nas proximidades de Goiânia. O novo lar do cachorro, que tem sete anos, vai ser uma chácara localizada entre Bonfinópolis e Leopoldo de Bulhões.
A chácara já foi visitada pelos policiais, que vão continuar indo ao local para acompanhar a situação do ex-colega de serviço. Sobre a separação de Jambo, os colegas não acharam fácil, porque a relação do cão com o parceiro é semelhante ao vínculo familiar, segundo o Inspetor Newton Morais da PRF.
A gente sente como se fosse um parente, um parceiro. Só que temos que pensar que daqui a algum tempo ele não vai estar com essa vitalidade toda. Então tem que ocorrer essa troca de parceiro, inclusive temos alguns colegas que estão se capacitando para receber outros cães, em Brasília” comenta o inspetor.
O novo dono de Jambo é um empresário do setor da alimentação que tem conhecimento sobre cães e outros animais.
Entrada na PRF
Jambo chegou com pouco mais de um ano na PRF e foi para um período de adestramento. Nesta etapa é verificado se o animal tem o perfil para as missões policiais.
Newton relembra que uma das maiores conquistas de Jambo foi a descoberta de aproximadamente duas toneladas de maconha por baixo de uma carga de grãos, em Jataí. “Ele ficou dando várias voltas em torno do carro coberto de grãos e quando a gente foi verificar, debaixo da carga tinha a droga” relembra o inspetor.
Chegando aos oito anos, os policiais entendem que o cão tem que levar uma vida de pet. “Ele precisa ter seu tempo de cão, de brincar e aí que vem a preocupação sobre quem vai proporcionar essa vida para o animal” informa Newton.