Começou na última terça-feira (1º), o período da Piracema em Goiás. Com isso, fica proibida a pesca de todas as espécies nativas no estado até o dia 28 de fevereiro de 2023. O objetivo dessa medida é preservar a reprodução, já que, nesta época, os peixes nadam rio acima em busca de locais adequados para sua desova e alimentação.
A Instrução Normativa da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de 2020 instituiu a cota zero de transporte de pescado, em todas as bacias hidrográficas do Estado, até 2026.
Durante esse período, a fiscalização é intensificada em Goiás. Na Piracema, a única modalidade permitida é a pesca esportiva, denominada “pesque e solta”. Para isso, é necessária a emissão de uma licença no site da Secretaria de Meio Ambiente. Durante a atividade esportiva, o titular deve portar a autorização e documento oficial com foto.
O desrespeito à lei pode ocasionar a aplicação de multa, além da apreensão do material pescado.
Não entra na proibição a pesca por parte de populações ribeirinhas, desde que a finalidade seja o consumo próprio ou escambo, sem fins lucrativos, desembarcado ou em barco a remo. O transporte e a comercialização seguem proibidos.
O que é a Piracema?
Piracema é uma palavra de origem tupi que significa “subida ou saída dos peixes”. As espécies que realizam esse ciclo são conhecidas como migradores, como o dourado, surubim e o curimatã, por exemplo. Os peixes migradores são as espécies mais conhecidas e valorizadas na pesca profissional e amadora do país, devido à importância na alimentação humana.