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Polícia investiga intoxicação de cães por petiscos em Goiás

Reprodução/Tv Anhanguera
Cachorro ficou 13 dias internado após consumir o petisco

*Atualizada em 5/9 às 13h33

A Polícia Civil investiga casos de cães em Goiás com suspeita de intoxicação após, supostamente, terem consumido petiscos contaminados. Até o momento, dois casos já foram registrados junto à polícia, mas outros donos de pet estariam passando pela mesma situação. Fabricante interrompeu produção dos alimentos.

De acordo com a delegacia Simelli Lemes, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), o dono de um spitz de 2 anos procurou a unidade na última semana e relatou que seu cachorro começou a passar mal após consumir, no dia 12 de agosto, um petisco da fabricante Bassar Pet Food.

“Ele comprou o petisco e deu para os dois cachorros. A fêmea vomitou, mas o macho, que comeu mais, ficou prostrado. Ele foi internado com insuficiência renal aguda”, informou Simelli, que contou que o cachorro ficou 13 dias internado e agora continua o tratamento em casa.

Já o titular da Delegacia do Consumidor (Decon), delegado Webert Leonardo, que assumiu o caso, disse que há a informação de três possíveis casos de intoxicação de cães por causa do petisco. Dois desses casos já foram registrados, incluindo o da Dema, e um terceiro dono de pet será ouvido ainda nesta segunda-feira (5). Webert afirmou ainda que não há informações de mortes de cães até o momento.

Contaminação

Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ao menos nove mortes de cães por possível intoxicação são investigadas em Minas Gerais (7) e São Paulo (2).

A pasta federal informou que, a princípio, “os produtos identificados com suspeita de contaminação são o Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467)”. “O recolhimento dos produtos deve ser feito pela empresa e os produtos devem ficam apreendidos nos armazéns da própria empresa.”

Em nota divulgada no site, a Bassar Pet Food declarou que “interrompeu a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação”, e que, de modo preventivo, “já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente.”

Veja a nota:

“A Bassar Pet Food informa que interrompeu a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa também está contratando uma empresa especializada para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e do maquinário em sua fábrica, em São Paulo.

De modo preventivo, a companhia já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente, conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento.

A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A empresa enviou amostras de produtos para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação.

Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para afastarem a hipótese de algum tipo de contaminação.

A empresa está solidária com todos os tutores de pets – nossos consumidores e razão de nossa empresa existir. Somos os maiores interessados no esclarecimento do caso. Por isso, a empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.”

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