O sucesso da marquinha perfeita está fazendo a cabeça das mulheres e as buscas bronzeamento natural aumentaram. No entanto, o procedimento realizado em locais sem infraestrutura ou com produtos que não sejam específicos para a função, podem causar sérios danos saúde.

Como foi o caso da modelo que sofreu queimaduras ao se submeter ao procedimento em Jaboticabal, interior de São Paulo. O local não tinha alvará de funcionamento e utilizava produtos sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com a auditora fiscal de Saúde Pública da Vigilância Sanitária de Goiás, Patrícia Leroy, para um bronzeamento saudável os primeiros cuidados necessários são com horários e períodos de exposição ao sol. “Não é recomendado exposição por mais de duas horas por dia e os horários não podem ser entre 10h e 16h, quando o sol é mais forte. Infelizmente, nem todos os locais respeitam isso, mas os clientes também precisam estar atentos”, alertou Patrícia.

Ainda de acordo com a auditora, as clientes devem ficar atentas aos produtos de mistura caseira. “O produto precisa ter Fator de Proteção Solar (FPS) e precisa ser utilizado da forma em que é comercializado no mercado. Algumas pessoas fazem chás com cenoura ou beterraba, mas isso é ilegal pela legislação atual”, explicou.

No Brasil, os primeiros registros da Anvisa de cosméticos para uso profissional de bronzeamento natural foram realizados no mês passado após inúmeros testes de eficácia, de irritabilidade, de Fator de Proteção Solar (FPS) e testes dermatológicos.

Empresária e esteticista, Luana Toledo explica que muitas vezes, as pessoas buscam marquinhas milagrosas em apenas uma sessão. “Eu trabalho com bronzeamento natural há 11 anos e há nove, ministro cursos pelo país. É preciso saber que há diferentes tipos de pele, e assim, diferentes produtos e tempo de exposição, por exemplo”, completa.